Para quem quer gastar menos!
Já faz tempo que quero conversar com vocês sobre dinheiro. Sou especialista em gestão de finanças de para empresas do middle market, maaaas, gostaria de me atrever a dar palpites sobre finanças pessoais e começar esta conversa com vocês. A verdade é que quando o dinheiro é nosso, a história é bem diferente da gestão de caixa de uma empresa, porém, acontecem alguns deslizes um tanto quanto comuns das duas partes e é sobre isso que nós vamos pensar agora e tentar evitar, ok?
Pelo que vejo em muitas empresas, vira e mexe são geradas dívidas para investimento que, quando o diretor comanda a decisão de efetivá-las, elas parecem ser interanssantíssimas, extremamente necessárias e grandes geradoras de retorno no futuro. Em casa, como pensamos isso? Fazemos o investimento em uma base para pele carésima que, aparentemente, não pode ser substituída por nenhuma outra na face da Terra, por causa do tom da sua pele.
Resultado, muitas vezes o investimento das empresas não é recompensado com geração de receita. E, muitas vezes o nosso gasto com produtos do sonho ou mesmo com aquele negócio que parece que vai virar hobby e ainda não virou, pode ser só um gasto sem causa de uma grana que pode fazer toda diferença lá na frente, na hora de uma aquisição bem planejada e verdadeiramente necessária. O perigo é que, na oportunidade de fazer aquele curso de extensão, a viagem de família ou mesmo atender a uma emergência, falte capital e você fique arrasada, se sentindo a mais pobre das mulheres.
Pelas minhas andanças, tenho percebido que muitos destes gastos compulsivos são reflexo de alguma frustração. Sabe aquela compulsão por comida que, as vezes, a gente arruma quando está ansiosa? Pois é, com dinheiro pode ocorrer a mesma transferência. Veja se você conhece essa história... Dia de trabalho difícil, brigou com o chefe, o namorado não apareceu no final do expediente para te dar aquela carona providencial, o que você faz? Shopping já! Só para ver vitrine, tomar o frozen yogurt (para não engordar, né?) e acaba voltando para casa com alguma (ou muitas) sacolinhas.
Para evitar o problema, existem algumas dicas super básicas que ajudam sua vida financeira caminhar em ordem e, sim, pode até sobrar para sapatos novos. Preparadas? Vamos lá!
- Orçamento é a palavra mágica. Tenha um no Excel ou numa caderneta, mas tenha. Você precisa ter na ponta da língua quanto são seus gastos fixos (aluguel, condomínio, luz, telefone, compra para casa), qual sua projeção de gastos no cartão, o valor da parcela do seu imóvel ou automóvel que deve ser reservado. Feito isso, siga para a segunda etapa.
- Poupança. A máxima “quem poupa tem”, além de ser uma verdade, é também garantia de noites de sono mais despreocupadas. Determine um percentual que irá, todos os meses, obrigatoriamente para uma conta poupança. Por mais que você não saiba com qual objetivo você está fazendo isso, um dia você irá se agradecer.
- Não saia para fazer compras nos dias de fúria, é como ir ao supermercado com fome. Saia de casa com uma rota traçada na cabeça: quero comprar isso, isso e isso. Tente se manter dentro do programado e só se entregue a outros amores sob duas condições:
a- se couber no seu orçamento,
b- se você não tiver uma peça quase igual no seu armário.
- Tente comprar só quando você já usou o que tinha. Por exemplo, livros só se você já tiver lido todos os que comprou, chocolate, só se não tiver mais no seu armário.
- Aquelas compras para o novo hobby, tinta, máquina de costura, violão, raquete de tênis... Bem, deixa-as para quando você tiver certeza de que vai mesmo dar andamento àquela atividade.
- Nunca use limites de cheque especial ou mais do seu cartão de crédito do que você pode pagar. Os juros não valem a pena, de jeito nenhum.
Lembre-se sempre que suas aquisições devem te fazer feliz e não te matar de preocupação quanto as contas ou encher sua casa de entulhos inúteis.
É isso, meninas... Espero que vocês façam boas compras.
1 comentários:
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